
Fraudes em aplicativos estão drenando milhões em investimentos de aquisição. Entenda como elas acontecem, quais setores são mais afetados e como a prevenção em tempo real pode proteger seu ROAS e seus dados.
O mercado de aplicativos e o aumento das fraudes
O investimento em aquisição de usuários (CPI/CPA) é hoje um dos pilares das estratégias de crescimento mobile. Só no Brasil, os apps investiram cerca de US$ 2,85 bilhões em 2024 em campanhas de aquisição de usuários.
Mas junto com o avanço do mobile marketing, cresce também a fraude em aplicativos, um problema que distorce dados, consome orçamentos e compromete o retorno sobre o investimento publicitário (ROAS).
O que é fraude em aplicativos
Fraude em aplicativos é o uso de métodos artificiais para gerar instalações, cliques ou eventos in-app falsos, com o objetivo de obter pagamento indevido por resultados inexistentes.
Essas manipulações ocorrem por meio de bots, emuladores, click farms ou falsificação de dados de SDKs. O resultado é um cenário em que marcas pagam por usuários e ações que não existem, perdendo eficiência e qualidade nos dados.
Como a fraude em aplicativos acontece
Fraudadores utilizam táticas cada vez mais sofisticadas para se misturar ao tráfego legítimo.
Entre as mais recorrentes:
- Click injection: intercepta cliques legítimos e injeta novos cliques milissegundos antes da instalação para capturar a atribuição da conversão;
- Click spamming ou click flooding: gera milhares de cliques automáticos sem intenção real, poluindo os dados de atribuição e roubando crédito de outras fontes;
- SDK spoofing: manipula o SDK de mensuração para simular instalações ou eventos in-app, sem que o app tenha sido realmente instalado;
- Instalações e eventos falsos: feitos em device farms ou emuladores, onde scripts automatizados simulam cadastros, compras ou depósitos inexistentes.
Esses esquemas prejudicam o aprendizado das campanhas e comprometem a análise de performance, uma vez que os dados passam a refletir comportamento fraudulento em vez de real.
Impactos diretos no ROAS e nos dados
Os impactos financeiros e operacionais são amplos:
- Desperdício de orçamento com instalações e eventos que não geram valor;
- Distorção dos dados de atribuição, prejudicando a otimização e o machine learning;
- Redução do ROAS, já que o custo de aquisição aumenta enquanto a retenção e monetização caem;
- Comprometimento de decisões estratégicas, baseadas em dados contaminados.
Segundo o WARC, o setor financeiro concentra mais da metade da exposição global à fraude em instalações de apps.
No Brasil, a taxa de tráfego inválido (IVT) em apps móveis chegou a 37%, de acordo com o relatório de benchmarks de fraude em anúncios da Pixalate (Q4 2024). Além disso, 38% das instalações orgânicas foram consideradas adulteradas em análise recente.
Setores mais vulneráveis
Determinados segmentos estão mais expostos devido ao valor por conversão e volume de campanhas.
- Finanças e fintechs: altos valores por aquisição e eventos complexos, como cadastros e depósitos, atraem fraudes sofisticadas;
- Apostas esportivas e iGaming: com a regulamentação das apostas no Brasil, o setor vive uma expansão acelerada, e também se tornou um dos principais alvos de fraudes em instalações e eventos;
E-commerce e apps de cashback: o alto volume de campanhas, o uso de incentivos e a popularidade de modelos de recompensa (cashback, bônus de cadastro) aumentam a exposição a fraudes de atribuição e simulação de eventos.
Como prevenir a fraude em aplicativos
Depender apenas da detecção pós-evento não é suficiente. Após a atribuição, o clique fraudulento já contaminou dados e orçamentos. A resposta eficaz está na prevenção em tempo real.
Boas práticas de proteção:
- Validação prévia de interações: use plataformas que verifiquem cliques, instalações e eventos antes da atribuição;
- Monitoramento de qualidade: acompanhe métricas de retenção, LTV, engajamento e primeiras sessões, não apenas instalações;
- Detecção de anomalias: identifique padrões de cliques excessivos, IPs repetidos ou taxas anormais de conversão;
- Regras de compliance e filtragem: limite fontes de tráfego de risco e defina critérios rígidos de parceiros;
- Auditoria contínua de campanhas: mantenha visibilidade total sobre origens, performance e comportamento pós-instalação.
No Brasil, onde há quase quatro tentativas de fraude digital por minuto, a vigilância constante é fundamental para proteger a eficiência das campanhas.
Perguntas frequentes
- Como identificar se minhas campanhas estão sendo fraudadas?
Analise discrepâncias entre cliques, instalações e ativações; monitore retenção e verifique o uso de dispositivos repetidos ou padrões anômalos por horário e geolocalização. - Por que a fraude em aplicativos é tão difícil de combater?
Porque envolve diversas camadas (cliques, instalações, eventos) e fornecedores terceirizados que operam em redes complexas, muitas vezes, com comportamento que imita usuários reais. - Prevenção em tempo real realmente muda o cenário?
Sim. Bloquear interações inválidas antes da atribuição evita que dados e algoritmos de otimização sejam contaminados. - Quais métricas são mais relevantes para detectar fraude?
Retenção de 1º e 7º dia, taxa de abertura, LTV, custo por usuário ativo e engajamento real são sinais mais confiáveis do que o volume de instalações.
Conclusão
Fraude em aplicativos é um desafio crescente para marcas e desenvolvedores. Somente com visibilidade total, validação em tempo real e governança rigorosa de tráfego é possível preservar a integridade das métricas e garantir que cada clique e instalação realmente impulsionem o crescimento.
Para evitar fraude, a Growth Genius conta com uma metodologia interna robusta, curadoria de inventários de alta qualidade e parceiros third-party especializados, garantindo entregas autênticas e conversões reais.
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